10 de outubro de 2011

O PROBLEMA DA ÁGUA NA REGIÃO


A água é o recurso natural mais precioso de que dispomos. Mas, infelizmente, poucas das autoridades governamentais têm consciência disso e pouco ou nada fazem para a sua preservação e o seu uso consciente. O Consórcio das bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), é composto por 70 municípios dos quais 18 pertencem à Região Metropolitana de Campinas (RMC) que juntos somam 5 milhões de habitantes e Valinhos está entre eles. Atualmente a disponibilidade hídrica destas Bacias é quatro vezes menor do que o estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU). Isto significa que os Municípios que usam água destas Bacias têm capacidade para 400m3 por pessoa a cada ano no período de estiagem enquanto o ideal seria de 1.500m3. A situação é comparável à do Oriente Médio que tem uma média de disponibilidade hídrica de 450m3 por habitante/ano, conforme divulgado pelo jornal Todo Dia, de 04 de outubro de 2011. 

Os municípios da RMC mais prejudicados com a escassez de água são Campinas, Sumaré, Americana, Valinhos, Jaguariúna e Pedreira. No caso de Valinhos, uma causa relevante para a falta de água, teve início com a aprovação da Lei do Uso e Ocupação do Solo – Lei nº 4.186, de 10 de outubro de 2007 (Lei de Zoneamento) e demais alterações, aprovadas pela Câmara Municipal. Desta data em diante, houve na cidade um crescimento descontrolado de loteamentos, condomínios horizontais e verticais e o Município não estava preparado para tamanha demanda de consumo de água. Caso a falta de chuva prossiga nos próximos meses, o Consórcio PCJ, tem três alternativas para enfrentar o problema: obter junto aos sistemas Cantareira um aumento da vazão de 12m³ até 15m³ por segundo, estabelecer um racionamento ou aumentar as tarifas de consumo em 15%. 

Em pronunciamento o presidente do Consórcio, Sr. Francisco Lahóz, disse que o sistema já operou em situações mais críticas, com a capacidade inferior a 40% e minimizou o risco de racionamento. A medida só deverá ser adotada, segundo ele, em último caso e acompanhada pelo aumento da tarifa. Nas administrações do Prefeito Vitório Antoniazzi, Valinhos sempre teve participação ativa na Diretoria do Consórcio, enquanto que hoje, a cidade não tem se quer um representante. Naquele tempo, nos meses de outubro, eram realizadas as Semanas da Água, com atividades relacionadas em todas as Escolas Municipais, o que contribuía muito com a educação das crianças para um assunto tão relevante, visando a conscientização das futuras gerações; eram realizados trabalhos e gincanas com os alunos e que culminavam com um grande acontecimento no Parque Municipal, que consistia em apresentações culturais como dança, música e teatro, tudo relacionado com a água. Além disso, essas atividades movimentavam toda a cidade e convidava para um uso mais racional da água. 

Enquanto todas as cidades e entidades como ONGs estão se voltando para os problemas do meio ambiente, em especial relacionados com a água, na prevenção em relação à poluição e a preservação dos mananciais, Valinhos encontra-se à margem dos grandes temas que definirão o futuro das gerações. Isso traz muitas implicações porque as crianças desta geração não serão educadas e nem sensibilizadas para uma causa de tamanha importância.

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