12 de dezembro de 2023

𝗔 𝗾𝘂𝗲𝗺 𝗲𝘀𝘁𝗲𝘀 𝘃𝗲𝗿𝗲𝗮𝗱𝗼𝗿𝗲𝘀 𝗿𝗲𝗽𝗿𝗲𝘀𝗲𝗻𝘁𝗮𝗺?

 


Foram anos de mobilização das entidades da sociedade civil valinhense para demonstrar que as áreas verdes e a agricultura devem ser preservadas por uma questão de sobrevivência.

No entanto, na noite desta quarta-feira (6) a maioria dos vereadores aprovou o novo Plano Diretor que avança com a urbanização sobre a Serra dos Cocais e a Zona Rural.

A sessão extraordinária da Câmara ainda viveu cenas de horror com o presidente Tolói vomitando o seu autoritarismo contra o povo na Casa do Povo: "eu mando a Guarda Municipal pôr pra fora quem se manifestar". E expulsou do plenário os ativistas Fujita e Arlei, além do editor do Pé de Figo, Heriberto Pozzuto.

Mais do que nunca fica a pergunta: que interesses os vereadores que votaram SIM defendem? A vontade do povo ou os desejos dos empreendedores imobiliários?

As entidades e o movimento popular prometem ações judiciais para invalidar tamanho desrespeito com Valinhos.

16 de novembro de 2023

Concretando a caixa d'água

         

Vereadores de Valinhos ignoram as recomendações do Ministério Público e continuam com o plano da urbanização desenfreada em cima do manancial de abastecimento de água da RMC.  

Segundo o MP; destaca-se que a proposta de expansão urbana não se deu a partir de um planejamento territorial consistente, amparado em argumentos técnicos, na realidade do município e com definição de parâmetros e diretrizes, de forma a garantir equidade social e qualidade urbana e ambiental no crescimento urbano do município.

A reclassificação deste trecho do município em MDO 3 vai transformar uma área de conservação dos recursos hídricos (MPM), que tem como objetivo “proteger os recursos naturais e os mananciais superficiais de abastecimento de água” em expansão urbana, sem as necessárias considerações sobre as restrições do território em relação às características ambientais como conservação e recuperação da vegetação, fragilidades quanto aos recursos hídricos e a necessidade de sua preservação.


Segue aqui relatório completo do Ministério Público 



7 de agosto de 2023

Cavernas na Serra dos Cocais


                                    
O carste em rochas não carbonáticas é um assunto que vem sendo discutido em vários países, nas últimas décadas. As cavernas em rochas graníticas ainda são pouco conhecidas. No Brasil, apenas 3,0% de todas as cavidades registradas são ígneas (graníticas ou basálticas). Por serem pouco visadas em pesquisas científicas, é imprescindível que mais estudos sejam feitos sobre esse patrimônio natural. Um melhor conhecimento dessas cavidades originará parâmetros para a definição de suas relevâncias em processos de licenciamento ambiental, contribuindo com a preservação desses ambientes. No presente trabalho, apresenta-se o resultado de explorações e estudos realizados na Serra dos Cocais, na qual foi constatada a existência de 22 cavidades. Cavernas com amplos salões e de desenvolvimento linear superior a300 metros foram identificadas, bem como espeleotemas do tipo coraloide e grande diversidade faunística em seu interior.


 Lei aqui o estudo completo.


28 de julho de 2023

Estudo para criação da área de proteção aos mananciais





O estudo para criação da área de proteção aos mananciais na Serra dos Cocais é um dignóstico da riqueza hidríca da região.  

A bacia hidrográfica do Córrego Bom Jardim localiza-se na Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, nas cidades de Vinhedo e Valinhos, Estado de São Paulo. Essa área é delimitada pelas Serras do Jardim e dos Cocais e é de grande importância para o fornecimento de água desses municípios, além de manter remanescentes importantes da Mata Atlântica que prestam grande serviço para a recarga dos aquíferos da região.

Estudo completo aqui

saiba mais aqui


26 de julho de 2023

Abaixo Assinado contra a urbanização da Serra dos Cocais

 O novo Plano Diretor proposto pela Prefeitura e Câmara de Valinhos cria várias áreas urbanas dentro da Serra dos Cocais. Sem estudo, sem planejamento, colocando em risco a produção de água e toda nossa riqueza natural.     

Assine aqui

A Serra dos Cocais esta situada entre os municípios de Valinhos, Itatiba, Louveira e Vinhedo, nela nascem diversos córregos e ribeirões, diretamente responsável pelo abastecimento de 50% da água consumida nos municípios de Valinhos e Vinhedo, e é uma sub-bacia de recarga dos rios Capivari, Ribeirão Pinheiros e do rio Atibaia, este último responsável por 95% do abastecimento de Campinas e outros municípios da região.

Seu subsolo possui um conjunto de cavernas granitóides, algumas consideradas como as maiores do Brasil.

Nela habitam vários animais em extinção como a Onça Parda, Veado Campeiro, Jaguatirica, Macaco Sauá, Bugiu e muitos outros.

Somos contra a urbanização da Serra dos Cocais. 




24 de julho de 2023

A importância da Serra dos Cocais - UNICAMP

Márcio Adriano Bredariol
Universidade Estadual de Campinas


Este artigo aborda aspectos relacionados à importância da Serra dos Cocais, uma grande área natural localizada entre a Região Metropolitana de Campinas e o Aglomerado Urbano de Jundiaí. Não se trata de uma única serra, mas de um conjunto de pequenas serras e picos, sendo a principal a Serra dos Cocais, limite natural entre os municípios de Itatiba, Louveira, Valinhos e Vinhedo. Área de extrema importância do ponto de vista natural e cultural, a região da Serra dos Cocais guarda patrimônio natural único, com presença de vestígios de biomas rupestres com cactáceas e bromélias terrestres; rochas e matacões que nos ajudam a compreender o passado geológico do estado de São Paulo; cavernas graníticas ainda não catalogadas, além de inúmeras nascentes e ribeirões, fundamentais para o abastecimento dos municípios no entorno de Campinas e Jundiaí, que têm enfrentado períodos de grave escassez hídrica. No entanto, nos últimos anos, a Serra dos Cocais vem sendo ameaçada por processos de violenta especulação imobiliária, com a expansão de condomínios e surgimento de novos bairros em seus limites, ameaçando o patrimônio ali existente. Tal especulação imobiliária tem levado a um processo de urbanização intensa, que coloca em xeque o
desenvolvimento urbano sustentável das cidades do entorno do conjunto serrano. Foi a partir dessa perspectiva que, em 2011, o Condephaat iniciou estudos a fim de estabelecer a possibilidade de tombamento da Serra dos Cocais, tendo em vista suas peculiaridades naturais e culturais. Ressalta-se, no entanto, que tal processo de tombamento foi arquivado pelo órgão em novembro de 2018, colocando em risco o patrimônio existente na região.

Leia aqui o trabalho completo

20 de julho de 2023

Ameaça a Serra dos Cocais - Plano Diretor Valinhos

 


O que a prefeitura está planejando com este Plano Diretor é um assalto ao povo de Valinhos Ao longo da elaboração do no Plano Diretor, foram abertos vários espaços para a população se manifestar, porém não fomos ouvidos, nem se quer contemplados com nossas demandas. Em nenhuma audiência pública ou reunião foi solicitado a urbanização da Serra dos Cocais, pelo contrário, a voz majoritária destes encontros solicitou o ecoturismo e a preservação deste rico manancial de água. Que é a verdadeira vocação natural e histórica desta região.
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Não podemos depender do Rio Atibaia, ele já nos mostrou em 2014 e 2015 que não tem capacidade nem para a água que captamos hoje, imaginem com acréscimo de 30/40 mil pessoas em pouco tempo! Sem contar que é uma água contaminada que nenhum tratamento consegue limpar totalmente. Se tivéssemos um planejamento realmente técnico, estaríamos discutindo como captar mais água da Serra dos Cocais, que é limpa e muita mais barata para o tratamento. Estaríamos discutindo como recuperar as nascentes, fazer novas barragens, preservar o que nos restou desse rico manancial. Grandes cidades como SP, NY, RJ já entenderam que a forma mais barata e duradoura de investir no abastecimento de água é investir nos mananciais do entorno. Estudos preveem que a preservação e recuperação da Serra da Mantiqueira pode proporcionar um aumento em até 33% na produção de água para o sistema Cantareira, que abastece São Paulo e nossa região. Valinhos tem o privilégio de ter um manancial dentro de seu território. Vamos preservá-lo agora ou correr o risco de precisar recuperá-lo no futuro? Se é que isso será possível com a urbanização. 
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O engraçado é que em um dos mapas a prefeitura propõe uma “Área Estratégica de Conectividade de Paisagem”, e em outro mapa, a proposta é urbanização de toda a extensão da estrada do jequitibá, com terrenos de 300m2, criando uma grande muralha e desconectando totalmente duas importantes regiões que hoje estão sob a classificação de “rural, turística, de preservação e recuperação de mananciais". O “Reconecta” cai por terra aqui. Quer construir condomínio na Serra dos Cocais? sigam o exemplo do Clube de Campo, preservando mais de 70% de seu território, ou do novo condomínio rural em implementação na Serra dos Cocais, que não precisam de alteração no zoneamento. 
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A Fonte Sonia está abandonada há anos, devido a indícios de especulação imobiliária. A fazenda, que está no topo da Serra dos Cocais, servindo de esponja para captação de água, deveria ser a porta de entrada para o ecoturismo, que foi, historicamente, uma grande vocação da cidade, gerando renda para a prefeitura e para a população. A cidade precisa investir nesta grande oportunidade que temos, e que está sendo desperdiçada, e até mesmo ameaçada de nunca mais existir. Outro absurdo do Plano Diretor é a possibilidade de construção de prédios por toda cidade. Queremos seguir o exemplo de São Paulo? Com crescimento desordenado, trânsito caótico, poluição visual, sonora e do ar? A construção de edifícios tem que ser de forma ordenada e delimitada, com o mínimo de impacto e agressividade na paisagem de Valinhos. 
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Finalmente, a criação de Zonas de centralidades de forma aleatória é outro absurdo. Criar áreas comerciais dentro dos bairros residenciais, sem nenhum estudo ou justificativa. Sem consideração das necessidades da população. Um exemplo é a transformação no bairro São Bento. Ruas sem saída, ruas de terra, com graves problemas com erosões, que hoje não possuem nenhum comércio para justificar esta modificação. 
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Outro grave problema neste novo mapa feito pela câmara de vereadores, é o aumento camuflado da área urbana, transformando áreas que hoje são rurais, em áreas urbanas consolidadas, sob justificativa de proximidade da zona urbana isolada. De forma escondida, pois o mapa mostra essas áreas como se já fossem urbanas consolidadas, sendo que na verdade ficam em zona rural. E isso não foi só no São Bento, foi também no Frutal e em outras regiões. Não podemos aceitar que tomem de assalto uma das maiores riquezas da cidade, que é a água limpa, aliada ao potencial turístico de grandes proporções que podemos desenvolver na Serra dos Coais. A urbanização desenfreada não traz benefícios reais para a cidade e seus moradores, mas prejuízos graves no médio e longo prazos. Nos mapas da proposta do Plano Diretor podemos constatar que as modificações coincidem com as divisas das propriedades privadas, o que indica que o estudo não foi feito pensando na cidade como um todo, e sim em interesses privados. Vereadores, vocês nos representam. Digam não a este absurdo. Retirem do projeto a urbanização da Serra dos Cocais e a da Fazenda Fonte Sonia. Limitem construção de prédios para áreas específicas da cidade Retirem também do projeto as zonas de centralidade que não são justificadas e que a população local é contra. Obrigado

19 de junho de 2020

Pela Manutenção do Zoneamento na Serra dos Cocais



De: Mobiliza Plano Diretor Valinhos

Serra dos Cocais - Valinhos

Mesmo após centenas de manifestações contrárias, foi apresentado para a população Minuta de revisão das Leis do Plano Diretor municipal e de Uso e Ocupação do Solo, com grande avanço de urbanização sobre as áreas da Serra dos Cocais.
O Poder Executivo (prefeitura) não consegue justificar de forma plausível, nem mesmo para o Ministério Público e Defensoria Pública Estadual, a necessidade de transformar a cidade em quase 80% de seu território em urbano e com um padrão de loteamento que vai de 300 m² a 500 m².
Áreas rurais, grandes fazendas que estão no entorno da Estrada do Jequitibá, da Rod. dos Agricultores, da Rod. Dom Pedro, incluindo a Fazenda Fonte Sônia sofrerão mudanças de zoneamento de rural/turístico para Macrozoneamento Desenvolvimento Orientado, nome bonito para dizer que tá tudo liberado, podem passar o trator e construir.

O próximo passo da prefeitura será fazer chamamento público para a última Audiência Pública antes de encaminhar os Projetos de Lei para a Câmara Municipal. Ainda não sabemos como fará esse processo em plena pandemia. A certeza é que a sociedade civil vai continuar se mobilizando para a garantia de que nossa cidade tenha sim progresso, porém, de forma responsável e preservando seu meio ambiente.

Para quem ainda não leu a apresentação das Minutas de revisão das Leis, pode acessar o link abaixo.
http://www.valinhos.sp.gov.br/…/etapa-7-minuta-da-revisao-d…

#NaoAoPlanoDiretor#
#SalveValinhos#