CAMPINAS - O Estado de S.Paulo
O presidente da Associação Amigos da Serra dos Cocais, Dalmace Capell Neto, busca um equilíbrio entre a urbanização consolidada e a necessidade de proteger os mananciais. Segundo ele, o tombamento pelo Condephaat é uma forma de garantir mais proteção a uma área que será estudada e delimitada, se possível, por diferentes representantes da sociedade civil e do poder público.
"Só a APA não segura a especulação imobiliária", disse. "A associação é a favor de que a área urbana consolidada seja preservada, mas a água que vem da Serra dos Cocais abastece diretamente Vinhedo e Valinhos e, indiretamente, muitos outros municípios", afirmou.
Segundo Capell Neto, em janeiro de 2011 o conselho recebeu empreiteiros interessados em abrir 6 mil lotes na Serra dos Cocais. "Isso não tem data certa, mas o pedido de urbanização da área vai acontecer. É um loteamento grande no meio da serra. E algumas mudanças no Plano Diretor da cidade já foram encaminhadas para a Câmara", afirmou.
Aberto o processo de tombamento, o Condephaat deu prazo para as contestações e os prefeitos de Itatiba, Louveira, Valinhos e Vinhedo pediram, em abril, a reavaliação da área de abrangência do tombamento e a exclusão dos perímetros já urbanizados.
O procurador da Prefeitura de Itatiba, Sérgio Gregolini, informou que pediu o arquivamento do processo de tombamento, uma vez que 75% da área urbana estaria comprometida segundo traçado inicial, o que colocaria "o crescimento sustentável da cidade" em risco. "Não há estudos técnicos suficientes para embasar o processo", afirma. / T.F.
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