No Brasil, devido às facilidades para financiamento da casa própria, está em curso um "boom imobiliário", e Valinhos não é diferente, os empreendedores estão ouriçados com as facilidades e oportunidades de se fazer muito dinheiro com a construção de novas moradias. Porém, não se pode sair construindo moradias de qualquer maneira e em qualquer lugar, nossa cidade tem limitações tanto de espaço como de infra-estrutura, e principalmente em relação ao abastecimento de água.
Como nos espaços urbanos os terrenos são mais caros, os empreendedores visando lucros mais altos, compraram grandes extensões de terra em área rural, e agora tentam modificar o zoneamento da cidade, transformando suas terras rurais em áreas urbanas e multiplicando por 10 o valor de suas terras.
Sem fazer estudos de impacto ambiental ou planejamento urbanístico, querem extinguir as áreas rurais do município em prol do desenvolvimento a qualquer custo. Custo esse que vai ficar para toda a população pagar no futuro, com o aumento de IPTU para levar a infra-estrutura para esta região.
Outro problema é o abastecimento de água que hoje já está crítico, vai ficar ainda pior, porque a região pretendida é um manancial importante que abastece o município. Com o impacto da urbanização virão os problemas decorrentes da impermeabilização do solo: nas épocas de chuvas grandes enchentes; na época de seca, falta de água para o abastecimento da cidade, sem contar as erosões, assoreamento dos córregos e ribeirões.
Hoje existem vários animais em extinção moradores daquela região, como a onça parda, veado catingueiro, macaco sauá, jaguatirica, entre outros. Para onde vão estes animais ? Há pouco tempo foi atropelada uma onça parda em Vinhedo, na região do cristo, é a urbanização pressionando os animais para a cidades.
Quando começarem as obras em Valinhos, não se assustem se faltar água na sua torneira e se de repente aparecer uma onça no seu quintal.
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