Nas últimas décadas, a especulação imobiliária avançou ferozmente sobre diversas áreas de Valinhos e região, incluindo a Serra dos Cocais, importante patrimônio natural. Além de sua flora riquíssima, a Serra também abriga diversas espécies animais, incluindo espécies ameaçadas de extinção.
A luta para salvar a Serra dos Cocais e sua biodiversidade é urgente! Venha, você também, fazer parte desta luta. Assine e compartilhe o abaixo-assinado pela aprovação do Projeto de Lei 713/2024 na Assembleia de SP, que cria a APA – Área de Proteção Ambiental na Serra dos Cocais. Acompanhe nossas redes sociais também, e conheça melhor esse importante patrimônio natural.
O que as manchetes em destaque tem a a ver com a Serra dos Cocais?
Tudo! A Serra dos Cocais é um importante manancial de abastecimento de água para Valinhos e Vinhedo, e também funciona como uma esponja, minimizando os impactos de grandes volumes de chuvas e reduzindo inundações.
A urbanização desenfreada, como planeja a prefeitura de Valinhos (e aprovada pela maioria dos vereadores), permite que 90% da área seja “concretada”, não deixando que água infiltre na terra, provocando um rápido escoamento, causando inundações nas partes baixas das cidades e reduzindo muito a capacidade do abastecimento de água futuro.
Esperamos que o Ministério Público consiga reverter esta triste situação que ameaça Valinhos e região.
Foram anos de mobilização das entidades da sociedade civil valinhense para demonstrar que as áreas verdes e a agricultura devem ser preservadas por uma questão de sobrevivência.
No entanto, na noite desta quarta-feira (6) a maioria dos vereadores aprovou o novo Plano Diretor que avança com a urbanização sobre a Serra dos Cocais e a Zona Rural.
A sessão extraordinária da Câmara ainda viveu cenas de horror com o presidente Tolói vomitando o seu autoritarismo contra o povo na Casa do Povo: "eu mando a Guarda Municipal pôr pra fora quem se manifestar". E expulsou do plenário os ativistas Fujita e Arlei, além do editor do Pé de Figo, Heriberto Pozzuto.
Mais do que nunca fica a pergunta: que interesses os vereadores que votaram SIM defendem? A vontade do povo ou os desejos dos empreendedores imobiliários?
As entidades e o movimento popular prometem ações judiciais para invalidar tamanho desrespeito com Valinhos.
Vereadores de Valinhos ignoram as recomendações do Ministério Público e continuam com o plano da urbanização desenfreada em cima do manancial de abastecimento de água da RMC.
Segundo o MP; destaca-se que a proposta de expansão urbana não se deu a partir de um planejamento territorial consistente, amparado em argumentos técnicos, na realidade do município e com definição de parâmetros e diretrizes, de forma a garantir equidade social e qualidade urbana e ambiental no crescimento urbano do município.
A reclassificação deste trecho do município em MDO 3 vai transformar uma área de conservação dos recursos hídricos (MPM), que tem como objetivo “proteger os recursos naturais e os mananciais superficiais de abastecimento de água” em expansão urbana, sem as necessárias considerações sobre as restrições do território em relação às características ambientais como conservação e recuperação da vegetação, fragilidades quanto aos recursos hídricos e a necessidade de sua preservação.
O carste em rochas não carbonáticas é um assunto que vem sendo discutido em vários países, nas últimas décadas. As cavernas em rochas graníticas ainda são pouco conhecidas. No Brasil, apenas 3,0% de todas as cavidades registradas são ígneas (graníticas ou basálticas). Por serem pouco visadas em pesquisas científicas, é imprescindível que mais estudos sejam feitos sobre esse patrimônio natural. Um melhor conhecimento dessas cavidades originará parâmetros para a definição de suas relevâncias em processos de licenciamento ambiental, contribuindo com a preservação desses ambientes. No presente trabalho, apresenta-se o resultado de explorações e estudos realizados na Serra dos Cocais, na qual foi constatada a existência de 22 cavidades. Cavernas com amplos salões e de desenvolvimento linear superior a300 metros foram identificadas, bem como espeleotemas do tipo coraloide e grande diversidade faunística em seu interior.
O estudo para criação da área de proteção aos mananciais na Serra dos Cocais é um dignóstico da riqueza hidríca da região.
A bacia hidrográfica do Córrego Bom Jardim localiza-se na Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari
e Jundiaí, nas cidades de Vinhedo e Valinhos, Estado de São
Paulo. Essa área é delimitada pelas Serras do Jardim e dos
Cocais e é de grande importância para o fornecimento de
água desses municípios, além de manter remanescentes
importantes da Mata Atlântica que prestam grande serviço
para a recarga dos aquíferos da região.
O novo Plano Diretor proposto pela Prefeitura e Câmara de Valinhos cria várias áreas urbanas dentro da Serra dos Cocais. Sem estudo, sem planejamento, colocando em risco a produção de água e toda nossa riqueza natural.
A Serra dos Cocais esta situada entre os municípios de Valinhos, Itatiba, Louveira e Vinhedo, nela nascem diversos córregos e ribeirões, diretamente responsável pelo abastecimento de 50% da água consumida nos municípios de Valinhos e Vinhedo, e é uma sub-bacia de recarga dos rios Capivari, Ribeirão Pinheiros e do rio Atibaia, este último responsável por 95% do abastecimento de Campinas e outros municípios da região.
Seu subsolo possui um conjunto de cavernas granitóides, algumas consideradas como as maiores do Brasil.
Nela habitam vários animais em extinção como a Onça Parda, Veado Campeiro, Jaguatirica, Macaco Sauá, Bugiu e muitos outros.
Este artigo aborda aspectos relacionados à importância da Serra dos Cocais, uma grande área natural localizada entre a Região Metropolitana de Campinas e o Aglomerado Urbano de Jundiaí. Não se trata de uma única serra, mas de um conjunto de pequenas serras e picos, sendo a principal a Serra dos Cocais, limite natural entre os municípios de Itatiba, Louveira, Valinhos e Vinhedo. Área de extrema importância do ponto de vista natural e cultural, a região da Serra dos Cocais guarda patrimônio natural único, com presença de vestígios de biomas rupestres com cactáceas e bromélias terrestres; rochas e matacões que nos ajudam a compreender o passado geológico do estado de São Paulo; cavernas graníticas ainda não catalogadas, além de inúmeras nascentes e ribeirões, fundamentais para o abastecimento dos municípios no entorno de Campinas e Jundiaí, que têm enfrentado períodos de grave escassez hídrica. No entanto, nos últimos anos, a Serra dos Cocais vem sendo ameaçada por processos de violenta especulação imobiliária, com a expansão de condomínios e surgimento de novos bairros em seus limites, ameaçando o patrimônio ali existente. Tal especulação imobiliária tem levado a um processo de urbanização intensa, que coloca em xeque o
desenvolvimento urbano sustentável das cidades do entorno do conjunto serrano. Foi a partir dessa perspectiva que, em 2011, o Condephaat iniciou estudos a fim de estabelecer a possibilidade de tombamento da Serra dos Cocais, tendo em vista suas peculiaridades naturais e culturais. Ressalta-se, no entanto, que tal processo de tombamento foi arquivado pelo órgão em novembro de 2018, colocando em risco o patrimônio existente na região.
O que a prefeitura está planejando com este Plano Diretor é um assalto ao povo de Valinhos Ao longo da elaboração do no Plano Diretor, foram abertos vários espaços para a população se manifestar, porém não fomos ouvidos, nem se quer contemplados com nossas demandas. Em nenhuma audiência pública ou reunião foi solicitado a urbanização da Serra dos Cocais, pelo contrário, a voz majoritária destes encontros solicitou o ecoturismo e a preservação deste rico manancial de água. Que é a verdadeira vocação natural e histórica desta região.
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Não podemos depender do Rio Atibaia, ele já nos mostrou em 2014 e 2015 que não tem capacidade nem para a água que captamos hoje, imaginem com acréscimo de 30/40 mil pessoas em pouco tempo! Sem contar que é uma água contaminada que nenhum tratamento consegue limpar totalmente. Se tivéssemos um planejamento realmente técnico, estaríamos discutindo como captar mais água da Serra dos Cocais, que é limpa e muita mais barata para o tratamento. Estaríamos discutindo como recuperar as nascentes, fazer novas barragens, preservar o que nos restou desse rico manancial. Grandes cidades como SP, NY, RJ já entenderam que a forma mais barata e duradoura de investir no abastecimento de água é investir nos mananciais do entorno. Estudos preveem que a preservação e recuperação da Serra da Mantiqueira pode proporcionar um aumento em até 33% na produção de água para o sistema Cantareira, que abastece São Paulo e nossa região. Valinhos tem o privilégio de ter um manancial dentro de seu território. Vamos preservá-lo agora ou correr o risco de precisar recuperá-lo no futuro? Se é que isso será possível com a urbanização.
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O engraçado é que em um dos mapas a prefeitura propõe uma “Área Estratégica de Conectividade de Paisagem”, e em outro mapa, a proposta é urbanização de toda a extensão da estrada do jequitibá, com terrenos de 300m2, criando uma grande muralha e desconectando totalmente duas importantes regiões que hoje estão sob a classificação de “rural, turística, de preservação e recuperação de mananciais". O “Reconecta” cai por terra aqui. Quer construir condomínio na Serra dos Cocais? sigam o exemplo do Clube de Campo, preservando mais de 70% de seu território, ou do novo condomínio rural em implementação na Serra dos Cocais, que não precisam de alteração no zoneamento.
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A Fonte Sonia está abandonada há anos, devido a indícios de especulação imobiliária. A fazenda, que está no topo da Serra dos Cocais, servindo de esponja para captação de água, deveria ser a porta de entrada para o ecoturismo, que foi, historicamente, uma grande vocação da cidade, gerando renda para a prefeitura e para a população. A cidade precisa investir nesta grande oportunidade que temos, e que está sendo desperdiçada, e até mesmo ameaçada de nunca mais existir. Outro absurdo do Plano Diretor é a possibilidade de construção de prédios por toda cidade. Queremos seguir o exemplo de São Paulo? Com crescimento desordenado, trânsito caótico, poluição visual, sonora e do ar? A construção de edifícios tem que ser de forma ordenada e delimitada, com o mínimo de impacto e agressividade na paisagem de Valinhos.
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Finalmente, a criação de Zonas de centralidades de forma aleatória é outro absurdo. Criar áreas comerciais dentro dos bairros residenciais, sem nenhum estudo ou justificativa. Sem consideração das necessidades da população. Um exemplo é a transformação no bairro São Bento. Ruas sem saída, ruas de terra, com graves problemas com erosões, que hoje não possuem nenhum comércio para justificar esta modificação.
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Outro grave problema neste novo mapa feito pela câmara de vereadores, é o aumento camuflado da área urbana, transformando áreas que hoje são rurais, em áreas urbanas consolidadas, sob justificativa de proximidade da zona urbana isolada. De forma escondida, pois o mapa mostra essas áreas como se já fossem urbanas consolidadas, sendo que na verdade ficam em zona rural. E isso não foi só no São Bento, foi também no Frutal e em outras regiões. Não podemos aceitar que tomem de assalto uma das maiores riquezas da cidade, que é a água limpa, aliada ao potencial turístico de grandes proporções que podemos desenvolver na Serra dos Coais. A urbanização desenfreada não traz benefícios reais para a cidade e seus moradores, mas prejuízos graves no médio e longo prazos. Nos mapas da proposta do Plano Diretor podemos constatar que as modificações coincidem com as divisas das propriedades privadas, o que indica que o estudo não foi feito pensando na cidade como um todo, e sim em interesses privados. Vereadores, vocês nos representam. Digam não a este absurdo. Retirem do projeto a urbanização da Serra dos Cocais e a da Fazenda Fonte Sonia. Limitem construção de prédios para áreas específicas da cidade Retirem também do projeto as zonas de centralidade que não são justificadas e que a população local é contra. Obrigado