Estudos indicam a existência de menos de 250 onças-pintadas adultas na Mata Atlântica. Um grupo de 13 pesquisadores brasileiros publicou, na edição de 22 de novembro da revista científica Science, uma carta que alerta sobre o risco de desaparecimento da onça pintada na floresta, com base em estudos científicos realizados pelos autores. A Mata Atlântica ocupava no passado quase toda a costa brasileira, chegando até a Argentina e o Paraguai. Pedro Manoel Galetti Júnior, professor do Departamento de Genética e Evolução (DGE) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), é um dos autores da publicação.
Os estudos comentados indicam que existem no bioma, atualmente, menos de 250 animais adultos, distribuídos em oito populações isoladas. Com base neste e em outros indicadores, os autores da carta afirmam que a Mata Atlântica poderá ser, em breve, o primeiro bioma tropical a perder o seu maior predador, com efeitos imprevisíveis e, certamente, devastadores. A carta afirma também que a principal causa do declínio da população de onças pintadas na Mata Atlântica é a caça relacionada aos impactos do animal sobre a pecuária, que acontece inclusive no interior de áreas de preservação.
A Science, juntamente com a revista Nature, é considerada o principal periódico científico multidisciplinar da atualidade.
- Com informações da Coordenadoria de Comunicação Social da Universidade Federal de São Carlos. Para mais informações, contatar Mariana Pezzo – mariana@ufscar.br.
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