27 de outubro de 2011

Cresce risco de racionamento de água no interior de SP


Em Valinhos já estamos racionando,  nestes últimos meses faltou água vários dias em diversos bairros.  


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Parte dos 5 milhões de habitantes dos municípios que compõem as bacias Piracicaba-Capivari-Jundiaí (PCJ) corre o risco de racionamento, aumento de até 15% no valor das contas de água e até mesmo interrupção no abastecimento. "Nossa disponibilidade hídrica no estio é de 400m3/habitante/ano. Para se ter uma ideia, no Oriente Médio a disponibilidade hídrica média é de 450m3/habitante/ano", compara Francisco Lahóz, presidente do Consórcio PCJ, associação de gestores e empresários que faz parte do Comitê das Bacias de mesmo nome.

De acordo com a ONU, uma disponibilidade hídrica inferior a 1.500 m3 habitante/ano já é considerada estresse hídrico. "Só não estamos no caos total porque temos um gerenciamento de primeiro mundo", diz Lahóz. O risco de racionamento se renova a cada ano. Desde 2004, o Sistema Cantareira está sob o regime de gestão compartilhada, administrado com a participação das bacias que mantêm os principais mananciais fornecedores de água.

O gerenciamento de ponta estabelecido com esta concessão, porém, vem se deparando, há dois anos, com um limitante não previsto: o esvaziamento do banco de águas dos municípios que compõem as bacias PCJ. O motivo: o excesso de chuvas que o Estado vem enfrentando há dois verões.

O banco de águas é uma ferramenta que permite a poupança do recurso para os meses de seca se, na época de chuvas, os municípios usam menos vazão do que aquela a que têm direito. Mas, quando chove demais no início do ano e o sistema Cantareira chega aos 100% de armazenamento, é preciso verter água para não comprometê-lo. A água vertida é a do banco de águas do interior. Por isso, alguns membros dos Comitês das Bacias do PCJ querem adiantar a discussão sobre os termos da concessão, que será revista em 2014. 


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